quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Lençol sujo

Um casal, recém casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!
Provavelmente está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis brancos, alvissimamente brancos, sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja ! Ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha ensinou !? Porque , não fui eu que a ensinei.
O marido calmamente respondeu:
- Não, é que hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é.
Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir; verifique seus próprios defeitos e limitações.
Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos.
Só assim poderemos ter real noção do real valor de nossos amigos.
Lave sua vidraça.
Abra sua janela.
"Tire primeiro a trave do seu olho, e então verás claramente para tirar o cisco do olho do teu irmão" (Mateus 7:5)
Deus te abençoe !

sábado, 20 de outubro de 2007

PROBRE TATU.


Às vezes, um homem completamente telúrico, ágil, ligado aos animais e aos seus ritmos, forte, cheio de uma ancestralidade romana de vida da terra, com a terra e pela terra, só se encontrando a si mesmo de verdade na verdade da sua Roça, da sua Villa, pode ser precisamente o teu sogro. Sob um noctilino céu tão sonho, de lucilantes estrelas, de negrejantes nebulosas e seus halos luzentes, embrenhámo-nos uma destas noites, toda uma longa noite, na caatinga, território imenso, propriedade sua. Botas, roupa militar, eis-nos na mata cerrada, sentidos alerta. Primeiro, breve travessia de canoa. Os nossos dois cães, um com chocalho, correndo, só perante caça lantindo ou ladrando. E nós, no seu aleatório encalço, correndo, subindo e descendo ladeiras, abrindo por mato fechado, o duro e incerto caminho de espinhos, de galhos em teia, em rede, da rasteira macambira cortante.
Canino alarme! Corremos a toda a brida! Logo um tamanduá se vê dos cães cercado. É a primeira presa. Morto, é deixado para recolher mais tarde e seguimos porque o forte desta caça é o tatu ou, com muita sorte, o caititu. E este céu tão mágico, tão pleno! Noite. Silêncio. É preciso submergir em esta noite e em este silêncio e seguir de ambos impregnado. A cada célere passo, dois gritos expertos do caçador à frente, como um guia. Lanternas acesas na corrida. Correr. Estacar, lanternas apagadas. Escutar. Lá longe, o raro latido ou o chocalho sumido do nosso cão incita-nos à correria mais sôfrega e serena. Completo silêncio. Sentar. Fumar. Correr. Parar. Escutar. Fumar. Conversar.
Mas que céu sobredivino! Pelo ouvido, chegamos desenfreados aos caninos: acuados, acuaram um tatu. Escava-se no trilho das suas luras sinuosas. Primeiro tatu, dobrado trabalho. É crianço, por isso, devolvido. E será assim, neste ritmado suor, até que o demorado sol nasça. E os estremecimentos de um tatu vivo, amarrado, insistindo em viver, suspenso dos meus dedos...E o odor às suas urinas nos meus dedos, os seus olhos de inerme e misericoridiosa animalidade orelhuda, e a sua couraça incouraçante, e os pêlos do seu peito, e o debater inconformado da sua cauda no meu braço, e aquela gambá fedorenta que caçámos na clareira do cimo de um morro, com um odor afinal tão natural e intenso como o da própria mata perfumada que desbravávamos. E um céu de que nunca pude tirar os olhos e me lembrou o fundo cumprimento do que, em aventura acamaradada e suor, vida inteira, e poalha, eu tanto desejara e me lembrou a dimensão espiritual integrada de tudo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Serra do Pedro


A Serra do Pedro é uma das serras ou montanhas mais belas da nossa região, ela está localizada no Sitio Barra do Pedro, bem proximo ao Vale encantado, dela temos o privilegio de avistar a nossa Cidade, como também alguns açudes e também outras serras aos redores da mesma, também encontramos no topo da Serra pedras vulcânicas e uma terra vermelha que nos velhos tempos indios pegavam para fazer suas pinturas, a Serra do Pedro também é avistada de qualquer ponto de nossa Cidade, era também local onde o Comendador e fundador da CNEC, Drº Felipe Tiágo Gomes, passou a sua infância, brincando, pegando gravetos e também recolhendos os seus animais (cabras) que subiam na mesma para comer, ao amigo que gosta de aventuras e venha visitar a nossa Cidade e tem curiosidade de conhecer a nossa região, alguns pontos turisticos de nossa Cidade, nos procure que temos o maior prazer de mostrar as belezas que Deus construiu.

Fauna e Flora nativa Reserva Particular do Patrimônio Natural -RPPN Mandala,Trilhas Ecológicas, Hotel Fazenda, Condomínio Rural, Açude Caraibeira, Casa de Pedra, Barragem, Várzea Grande, em nossa querida Picui tem muito mais, para você que vem nos visitar e gosta de aventuras, trilhas na caatinga, trilhas durante a noite nos procure e estaremos a disporsição para mostrar aos turistas o que temos na nossa região, tão sofrida mais de um povo guerreiro e batalahdor.

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI - 2009

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

GAIOLA DE ALEX

PASSEIO DE GURGEL EM PICUI

CACHOEIRA DO PEDRO

CASA DE MARIBONDO CABOCLO

CASA DE MARIBONDO CABOCLO

NINHO DE BEM-TI-VI

NINHO DE BEM-TI-VI

UMBUZEIRO

UMBUZEIRO
Planta tipica da nossa região

Bandeira do municipio

Bandeira do municipio

Nossa história - Cidade de Picuí - PB

As primeiras incursões para colonização de Picuí ocorreram entre 1704 e 1706, quando o Presidente da Província da Paraíba era Fernando Barros Vasconcelos. No dia 26 de dezembro de 1704, Dona Isabel da Câmara, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Alferes Pedro de Mendonça Vasconcelos e Antônio Machado requereram, e obtiveram por sesmaria, três léguas de terra (18 km) no riacho chamado PUCUHY. Posteriormente, no inicio do século XIX, outras famílias que vinham dos estados vizinhos requereram e obtiveram sesmarias nesta região, onde implantaram propriedades e algumas fazendas de gado, entre elas estavam Conde D'Ávila, Joaquim José da Costa, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Lázaro José Estrela, João Ferreira de Farias, Maximiano José da Costa, Antônio Ferreira de Macedo, Estevão José da Rocha e Vicente Ferreira de Macedo. No local onde hoje encontra-se a igreja matriz, ficava o curral de gado da fazenda de Lázaro José Estrela. Ele havia cavado uma cacimba na confluência dos rios das Várzeas e do Pedro e, nos períodos de estiagem, abastecia os moradores das adjacências. Essa cacimba era bastante freqüentada por uma espécie de pomba, conhecida como Pucuhy, que, em suas águas, saciavam a sede. Por esta razão, o local passou a ser chamado de Pucuhy. Posteriormente o nome foi mudado para Picuhy - uma palavra composta, unindo Pico (da serra Malacacheta) ao hipsilon (Y), forma da confluência dos dois rios. Na nova ortografia, o nome passou a ser escrito Picuí. As explorações daí decorrentes, ao que parece, tiveram como saldo apenas a implantação de algumas fazendas de gado. Entre 1750 e 1760, novas correntes de povoamento se registraram com a aquisição de algumas propriedades, que tinham sido instaladas pelos primitivos. O povoamento inicial da região ocorreu onde hoje se encontra o município de Pedra Lavrada, tendo sido construída a primeira capela em 1760. No ano de 1856, o Nordeste brasileiro foi cenário de uma terrível epidemia de cólera-morbo, que matou milhares de pessoas. Portanto, os moradores da região, assustados com a mortandade e liderados pelo Coronel José Ferreira de Macedo, decidiram recorrer ao Mártir São Sebastião e juntos fizeram uma promessa ao santo. Após constatarem que não havia mais o surto da doença, começaram a construir a capela de São Sebastião, hoje elevada à matriz de São Sebastião, padroeiro da cidade – origem de sua história. Paralelamente à construção da capela, o Coronel construiu a primeira casa do povoado, conhecida como "A Venda Grande". Ele ocupou o cargo de fiscal e, com o seu prestígio, conseguiu trazer para o aglomerado o primeiro mestre-escola, o primeiro costureiro de roupas masculinas e o primeiro mestre de música. Dizem até que foi ele quem sugeriu o acréscimo de Triunfo ao nome de São Sebastião. Por isso, o Coronel José Ferreira de Macedo é considerado o autêntico fundador de Picuí. No dia 3 de setembro de 1857, o Padre Francisco de Holanda Chacon, de Areia, celebrou a primeira missa e, em volta da capela, surgiu o povoado de São Sebastião do Triunfo.Em 1874, através da Lei Provincial nº 597 de 26 de novembro, foi criado o Distrito de Paz da Povoação de São Sebastião do Triunfo. O distrito passou a chamar-se apenas de Triunfo. Mas, em 1888, quando a povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Provincial nº 876 de 27 de novembro, o nome passou a ser Picuhy. O município de Picuí foi criado pelo Decreto nº 323 de 27 de janeiro de 1902, sendo instalado no dia 9 de março, a Lei Estadual nº 212 de 29 de outubro de 1904 mudou a sede do município de Cuité para Picuí. No ano de 1924, em 18 de março, Picuí passou ao posto de cidade através da Lei Estadual nº 599. Ao longo do século XX diversos municípios se desmembraram de Picuí, a exemplo de Cuité/Barra de Santa Rosa (1936), Nova Floresta (1959), Pedra Lavrada (1959), Cubatí (1959) Frei Martinho (1961) e Baraúna (1996).
Fonte: Pesquisa: Município de Picuí - Esboço Histórico de Abílio César; Leis - Por Tayana Macedo