quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

SITIO ARQUEOLOGICO PEDRA DA CIGANA - PICUÍ - PB

MONUMENTO

É constituido de um enorme matacão, com altura superior aos dez metros, por mais de ciquenta metros de circunferência, com inclinação para o norte. De origem metamórfica, este monolito está estampado na face norte, com pinturas rupestres.
OS REGISTROS RUPESTRES
A composição pariental do Pedra da Cigana, se encontra estampada em um único painel, voltado 64° N ocupando uma área do matacão, de aproximadamente 10m².
Os grafismos são em tons avermelhados, já apresentando um grau de desgastes bem acentuado, devendo-se, principalmente, a ação do tempo, que devido a incidência solar e escorrimento das águas em épocas de chuvas, sobre o painel rupestre, vem apagando as representações primitivas.
Observa-se neste painel rupestre, representação de emas, serpentes, algumas sugestivas a serem fitomorfos e em maior quantidade aparecem as esquemáticas; a representação mais próxima do solo está a 12 centimetro. Este sítio possui uma sedimentação aparentemente significativa que deverá ser preservada.
LOCALIZAÇÃO:
Distante 13 quilômetros à oeste da sede do municipio de Picuí, o sítio localiza-se à margem direita do riacho caiçara. Seu acesso é bastante dificil devido a mal qualidade da estrada carroçavel e a necessidade de se caminhar por mais de um quilômetro e meio até chegar ao sítio. Devido ser uma localidade bastante desprovida, não se tem como indicar com precisão o acesso até o nicho arqueológico, tornando-se indispensavel o uso de mapas.
PRESERVAÇÃO:
Mesmo apresentando dificuldades de acesso e localização, foi assinalada a presença de uma pichação com tinta sintética no referido sítio. Felizmente esta ação poluente não foi executada no corpo do painel rupestre, por se encontrar numa área bastante desbitada. Observa-se uma mata com bom estado de conservação










quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

SITIOS ARQUEOLOGICO CACHOEIRA DO PEDRO - PICUÍ - PB

O MONUMENTO:
A formação monumental do sitio arqueológico Cachoeira do Pedro, caracteriza-se por ser um afloramento rochosos inserido no leito do riacho do Pedro. Esta formação se estende no sentido logintudial leste-oeste, com mais de duzentos metros, onde é submerso pelas águas do riacho, em períodos chuvosos. As correntezas causaram ao longos dos tempos a formação de caldeirões. Um desses caldeirões tem diâmetro de três metros, com profundidade de aproximadamente quatro metros , com abertura vertical voltada para o leste, dando assim a conotação de uma pequena cachoeira.
Os registros rupestres:
Predominantemente o sitio arqueológico Cachoeira do Pedro, é caracterizado por ser um conjunto de grifos que lhe confere a denominação de itacoatiara. Alguns desses grifos contornados com pigmentação vermelha. Hipoteticamente esses contornos forma realizados tempos após a execução das gravuras; não podemos afirmar esta técnica.
Os registros rupestres da Cachoeira do Pedro, são superior a 200 representações, distribuidas em treze painéis distintos. Os grafismos são bem elaborados, de profundidade significativa e polidas; em alguns deles é possivel reconhecer: antropomorfos, zoomorfos e fitomorfos. Pode-se observar uma semelhança morfológica do conjunto pariental da Cachoeira do Pedro com as itacoatiaras do Ingá - Paraiba.


Localização:
Situa-se a cinco quilômetros oeste da sede do município de Picuí e está na propriedade particular dos herdeiros de Francisco de Chagas Lucena.
O acesso até a itacoatiara do Pedro é facil e sem obstáculos significativos. Partindo de Picuí pela PB 151 sentindo Carnaúba dos Dantas - RN, percorre-se cinco quilômentros até onde será possivel observar uma estrada carroçavel à esquerda da PB 151; seguindo esta estrada chega-se à sede da propriedade, de onde se abandona o veiculo auto motor e segue-se uma trilha bem definida até o referido sitio arqueológico; a caminhada é de quinhentos metros.


Preservação:
As itacoatiaras do Cachoeira do Pedro, já vem sendo visitadas por banhistas, curiosos e pesquisadores há varias décadas. A presença dos banhistas vem ocasionando poluição significativa no sitio e em seu contexto. Além de incisões e arranhões, há escritas modernas próximas aos grafismos rupestres e até mesmo sobre eles. Apesar da intempérie, ainda é possivel afirmar que estado de conservação do sitio é bom.


Contexto:
O entorno do Cachoeira do Pedro é utilizado para criação de pequenos rebanhos bovinos, para fins de subsistências da propriedade. A flora se mantém em estado de preservação regular, o que é comum ao restante da região. É possivel se ver algumas aves dos tipos: coruja, rolinha, entre outros que são atraidos pelas águas dos caldeirões.


Consideração:
Se faz necessária uma urgente ação protetora ao sitio arqueológico itacoatiaras do Pedro, tanto pela sua importância temática decorrente das respresentações rupestres, como beleza natural desprendida pelas formações rochosas, florísticas e hidricas do sitio.
Dos sítios arqueológicos visitados e levantados pelo PROCA, em Picuí, este é o que mais apresenta condições para o advento turístico. Os principais fatores que levam a esta afirmação são: fácil acesso; não possuir sedimentação siginificativa que possa ser pertubada por turistas e a beleza natural e pariental.
RELATÓRIO DO PROCA DE 2003




DESENHOS DOS PAINÉIS E LOCALIZAÇÃO








quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

SOBRE ARTE RUPESTRE


Explicando didaticamente, chamamos 'arte rupestre' aos desenhos deixados nas pedras por pessoas ou grupos humanos que viveram há milhares de anos. Às vezes há também inscrições cavadas (baixo-relevo) nessas pedras: figuras humanas, animais, símbolos nem sempre decifráveis.Mas por que rupestre? O que quer dizer essa palavra?...


"'A palavra rupestre, com efeito, vem do latim rupestris (rochedo); trata-se, portanto, de obras imóveis, no sentido de que não podem ser transportadas (à diferença das obras móveis como estatuetas, ornamentação de instrumentos, pinturas sobre peles, etc'". (Prous, 1989:10).


Mas há pesquisadores que empregam a expressão tupi itacoatiara, que quer dizer pedra pintada.Seja como for, esses 'artistas' das pedras deixaram notícias suas através desses desenhos. Como obtinham tinta?... Eles misturavam óxidos minerais, carvão, ossos carbonizados, gordura e sangue animal. Por vezes, sopravam uma tinta, composta também de rochas trituradas, sobre a mão

espalmada, os dedos abertos, de forma que restava uma silhueta dela.


A arte rupestre faz parte de um tempo longínquo do qual não temos outras informações senão aquelas fornecidas pela arqueologia. Os sítios de arte rupestre, então, fazem parte do patrimônio cultural da humanidade[1] por representarem um pouco desse passado do homem.
Deve-se reconhecer, em primeiro lugar que, como patrimônios da humanidade, os sítios de pinturas e gravuras rupestres são monumentos de valor incontestável e que, enquanto obras de natureza singular, resultantes da atividade humana e, portanto, da experiência, do cotidiano, da sensibilidade e das crenças dos homens, esses sítios são verdadeiras obras de arte e como tais devem ser tratados, pois eles possuem não só valor histórico, mas também valor estético. Diante do reconhecimento da singularidade dos registros rupestres, nem a instância estética pode ser restaurada, nem a histórica, sob pena de perda de autenticidade. Este é um dos principais fundamentos da conservação de sítios de registros rupestres."

Maria Conceição Soares Meneses LageJóina Freitas Borgeshttp://www.comciencia.br/reportagens/arqueologia/arq17.shtml

O CUIDADO COM OS SÍTIOS RUPESTRES

O desconhecimento em relação ao valor dos sítios rupestres tem levado a atitudes grandemente prejudiciais à preservação desses museus a céu aberto. Por que são tão importantes essas pedras pintadas tão antigas?... Exatamente porque trazem informações sobre os seres humanos que, há milhares de anos, habitaram os lugares onde elas se encontram. Hoje existem instituições e leis que protegem esses sítios. Infelizmente, ainda ocorrem atos de vandalismo e atitudes de interferência nesses documentos históricos e artísticos que são, afinal, patrimônio da humanidade.
Mesmo o turismo, nesses locais, deve ser feito de forma ordenada.
"Proteção - O Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN) é o órgão federal responsável pela proteção do patrimônio arqueológico nacional e pela fiscalização e autorização de exploração do sítio arqueológico. "Temos um trabalho enorme pela frente para o cadastramento desses sítios", afirma Sônia Rabelo de Castro, diretora do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização do IPHAN de Brasília."

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI - 2009

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

GAIOLA DE ALEX

PASSEIO DE GURGEL EM PICUI

CACHOEIRA DO PEDRO

CASA DE MARIBONDO CABOCLO

CASA DE MARIBONDO CABOCLO

NINHO DE BEM-TI-VI

NINHO DE BEM-TI-VI

UMBUZEIRO

UMBUZEIRO
Planta tipica da nossa região

Bandeira do municipio

Bandeira do municipio

Nossa história - Cidade de Picuí - PB

As primeiras incursões para colonização de Picuí ocorreram entre 1704 e 1706, quando o Presidente da Província da Paraíba era Fernando Barros Vasconcelos. No dia 26 de dezembro de 1704, Dona Isabel da Câmara, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Alferes Pedro de Mendonça Vasconcelos e Antônio Machado requereram, e obtiveram por sesmaria, três léguas de terra (18 km) no riacho chamado PUCUHY. Posteriormente, no inicio do século XIX, outras famílias que vinham dos estados vizinhos requereram e obtiveram sesmarias nesta região, onde implantaram propriedades e algumas fazendas de gado, entre elas estavam Conde D'Ávila, Joaquim José da Costa, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Lázaro José Estrela, João Ferreira de Farias, Maximiano José da Costa, Antônio Ferreira de Macedo, Estevão José da Rocha e Vicente Ferreira de Macedo. No local onde hoje encontra-se a igreja matriz, ficava o curral de gado da fazenda de Lázaro José Estrela. Ele havia cavado uma cacimba na confluência dos rios das Várzeas e do Pedro e, nos períodos de estiagem, abastecia os moradores das adjacências. Essa cacimba era bastante freqüentada por uma espécie de pomba, conhecida como Pucuhy, que, em suas águas, saciavam a sede. Por esta razão, o local passou a ser chamado de Pucuhy. Posteriormente o nome foi mudado para Picuhy - uma palavra composta, unindo Pico (da serra Malacacheta) ao hipsilon (Y), forma da confluência dos dois rios. Na nova ortografia, o nome passou a ser escrito Picuí. As explorações daí decorrentes, ao que parece, tiveram como saldo apenas a implantação de algumas fazendas de gado. Entre 1750 e 1760, novas correntes de povoamento se registraram com a aquisição de algumas propriedades, que tinham sido instaladas pelos primitivos. O povoamento inicial da região ocorreu onde hoje se encontra o município de Pedra Lavrada, tendo sido construída a primeira capela em 1760. No ano de 1856, o Nordeste brasileiro foi cenário de uma terrível epidemia de cólera-morbo, que matou milhares de pessoas. Portanto, os moradores da região, assustados com a mortandade e liderados pelo Coronel José Ferreira de Macedo, decidiram recorrer ao Mártir São Sebastião e juntos fizeram uma promessa ao santo. Após constatarem que não havia mais o surto da doença, começaram a construir a capela de São Sebastião, hoje elevada à matriz de São Sebastião, padroeiro da cidade – origem de sua história. Paralelamente à construção da capela, o Coronel construiu a primeira casa do povoado, conhecida como "A Venda Grande". Ele ocupou o cargo de fiscal e, com o seu prestígio, conseguiu trazer para o aglomerado o primeiro mestre-escola, o primeiro costureiro de roupas masculinas e o primeiro mestre de música. Dizem até que foi ele quem sugeriu o acréscimo de Triunfo ao nome de São Sebastião. Por isso, o Coronel José Ferreira de Macedo é considerado o autêntico fundador de Picuí. No dia 3 de setembro de 1857, o Padre Francisco de Holanda Chacon, de Areia, celebrou a primeira missa e, em volta da capela, surgiu o povoado de São Sebastião do Triunfo.Em 1874, através da Lei Provincial nº 597 de 26 de novembro, foi criado o Distrito de Paz da Povoação de São Sebastião do Triunfo. O distrito passou a chamar-se apenas de Triunfo. Mas, em 1888, quando a povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Provincial nº 876 de 27 de novembro, o nome passou a ser Picuhy. O município de Picuí foi criado pelo Decreto nº 323 de 27 de janeiro de 1902, sendo instalado no dia 9 de março, a Lei Estadual nº 212 de 29 de outubro de 1904 mudou a sede do município de Cuité para Picuí. No ano de 1924, em 18 de março, Picuí passou ao posto de cidade através da Lei Estadual nº 599. Ao longo do século XX diversos municípios se desmembraram de Picuí, a exemplo de Cuité/Barra de Santa Rosa (1936), Nova Floresta (1959), Pedra Lavrada (1959), Cubatí (1959) Frei Martinho (1961) e Baraúna (1996).
Fonte: Pesquisa: Município de Picuí - Esboço Histórico de Abílio César; Leis - Por Tayana Macedo