terça-feira, 15 de janeiro de 2008

SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA

INTRODUÇÃO

"A flora das Caatingas, na sêca, transforma-se num, emaranhado de galhos e ramos retorcidos, espinhos, cactus, tôda parda, aparentemente morta". "É o Sertão, do chão de pedras, do céu alto e limpo de nuvens, dos rios sem água, dos açudes vazios, dos animais a vagar famitos...dos sertanejos em retiradas"...

"Mas, com as primeiras chuvas a folhagem desabrocha e em um dois ou três dias, tudo reverdece, as sementes enterradas no chão germinam..." Então," é o Sertão do "verde" quando chove... dos açudes ameaçando romper...do gado gordo e lustros... do sertanejo despreocupado e feliz".
Cuidaremos, em nosso pequeno estudo, da sobrevivência nessas terras, nos tempos em que água é quase mentira, e o inferno quase verdade Êle não está completo.
Cada nova experiência sua, cada novo aprendizado, será um passo a mais na complementação de leitura.
Creio que sempre haverá um espaço em branco, porque sempre você terá experiências, mais uma informação a acrescentar.
Passou Antonio Conselheiro. Passaram Cangaceiros e Jagunços, mas ficou o chão em que pisaram. Monótona, permanece a verdade nua e crua de paragens cruas e nuas. Não se criam novas formas nêsse deserto. Quando vem Sêca, elas voltam as mesmas: desoladas e terradoras; trites e desafiantes. Parece, então, que o tempo não passou.
Como "sobreviver" o homem, em terras, onde árvores franzinas e ressequidas, mal, conseguem vegetar?
A fome, a sêde, as rudezas podem se vencidas. É necessário sabermos como fazê-lo. O Sertanejo sabe.
estamos convictos e conscientes que nossa capacitação para enfretarmos os desafios da Caatinga será uma verdade, quando nela estagiarmos, experimentarmos as agruras de uma subrevivência dificil, exercitarmos nossa capacidade de improvisação de homens brasileiros.
O Agreste e o Sertão possuem caracteristicas próprias, diferentes da Amazonia e das outras vegetações brasileiras, e, uma pasagem nessas regiões terá suas características, tão cruentes, imprevisiveis e dificeis, quão dificeis, imprevisivel e cruentas são essas terras, na estiagem.
Para o amigo que visita este blog e gosta de aventuras por este Brasil afora e nunca veio nestas regiões, guando se depará com este clima, sêco, sem chuvas, aqui estou relatando uma pequena maneira de você tentar sobreviver nesta região.
AS REGIÕES NATURAIS

No quadro das "paisagesn geograficas" apresentam-se o Solo e Subsolo, Relêvo (alturas e depressões), o Clima, a Hidrografia, e a vegetação, como fatôres de definição.
A vegetação é, de todo os acidentes, o que mais caracteriza os panoramasm de uma região.
No nordeste, (e isso se observa mais acentuadamente em Pernanbuco, Paraiba e Rio Grande do Norte), a vegetação impõe quase que três aspectos, distintos: a Mata, o Agreste, o Sertão.
É bem verdade que cinco vegetações distintas aparecem na Região Nordeste: a Floresta Equatorial, que é um prolongamento da Amazônia em, território Maranhense, dando lugar aos cocais de Babaçú, para leste, a Floresta Tropical, do rio Grande do Norte ao sul da Bahia, quase que dizimada, pelo plantio da Cana-de-açucar; o Cerrado, no sul do Piauí e do Maranhão, e oeste baiano, onde surge a carnaúba, "arvore da vida" do nordeste; Vegetação Litorânea com alagadiços e coqueirais praianos: a Caatinga, abragendo maior parte do Nordeste.
Mas, em termos de sobrevivência, preferimos pensar numa Zona de Matas, num Agreste, num Sertão.

O AGRESTE: esta área, que se estende do Rio Grande do Norte até Alagoas, começa, praticamente onde se podem notar os últimos vestigios da Zona da Mata.
É, verdade, uma área de transição, com caracteristicas próprias, que termina onde começam os Sertões, no topo do Planalto da Borborema.
No agreste, o chão das Caatingas é alternado pelos Brejos, verdadeiros vales, sempre verdes, ainda que as sêcas, com a presença de roçados, açudes e aldeias.






CARNAÚBA, ARVORE TIPICA DA REGIÃO, SUAS FOLHAS SERVEM PARA FAZER FASSOURA OU COBERTURA DE UMA CABANA.




Xique-Xique, esta planta serve para alimentar o gado na época da sêca, e para os que estão se aventurando na Caatinga, guando cortada os galhos, tiramos água da mesma.


ESTE CACTUS CHAMA-SE FACHEIRO, TEM AS MESMA FUNÇÕES QUE O XIQUE-XIQUE PARA OS MORADORES DA REGIÃO, E TAMBÉM PARA A SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA GUANDO CORTAMOS OS CALHOS TIRAMOS ÁGUA PARA BEBER.






ESTE CACTUS, CHAMA-SE "MANDACARÚ", SEGUNDO OS HABITANTES DA REGIÃO DA CAATINGA, GUANDO O MESMO ESTÁ CHEIO DE FLORES É UM BOM SINAL QUE O INVERNO ESTÁ CHEGANDO, TAMBÉM TIRAMOS DELE ÁGUA PARA BEBER.








OUTRO TIPO DE CACTUS, É CONHECIDA POR COROA DE FRADE, DELA PODEMOS TIRAR ALGUMAS FRUTAS PEQUENA PARA SE ALIMENTAR.


O SERTÃO: Raream-se os "Brejos", vales férteis e sempre verdes, não mais se alternando com às Caatingas.
Já se distingue, então, na caminhada para o interior a presença do Sertão, semi-arido, de terreno cristalino, que esbarra, a oeste, nos Cocais e no Cerrado, e, em direção ao Sul, penetra em Minas Gerais.
É o "Sertão do verde quando chove", repetindo Hilton Sette.
É mais um dos contrastes nordestino. Terra de sêca inclemente, se não chove por mais de 9 meses, muda seu aspectos, quase que num milagre, após o segundo ou terceiro dia da chuva. O solo impermeável, não retém as águas das chuvas.
Para compesar, a natureza revestiu essas terras de plantas cactáceas (amiga da sêca), plantas essas que rétém água em seus caules, devido à membrana inpermeável que as envolve, dificultando a evaporação.
São as que voce viu acima o XIQUE-XIQUE, MANDACARÚ, FACHEIRO, ETC.
Um outro recusro, para evitar a evaporação da pouca água armazenada no solo, é a queda das fôlhas das pequenas árvores, que cobrem o chão. Dai, o aspecto desolador da Caatinga, durante o estio.
Pode-se distinguir o Sertão Alto, do Sertão Baixo. O primeiro, com maior incidência de chuvas, e uma vegetação mais exuberante, razão da existência de núcleos populacionais.
O segundo, o Sertão baixo, de clima ainda mais sêco e terras mais pedregosas, é mais inóspitos á sobrevivência.
Contudo, as cheias do São Francisco, que nêle serpenteia, regam e adubam a terra, permeando suas águas por seus afluentes, facilitando a agricultura.


A ÁGUA

Bem sabemos que, em alguns pontos dos sertões, pisamos, em plena sêca, sôbre verdadeiros lagos subeterrâneo. É o caso da Bacia Piauiense, a maior reserva freática do Brasil, que se estende da Chapada do Araripe até ao sul do Maranhão, incluindo o vale do Rio Gurquéia. Ainda outro, é a bacia dos rios Tucano-jatobá, da Bahia até o oeste Pernanbucano. Muitos são os poços artesianos a jorrar água no Nordeste. No Núcleo Colonial de Gurguéia, por exemplo, a vasão tem sido compensadora. Mas, tratamos aqui, dos recursos do aventureiro da Caatinga em conseguir água. Ocupamos em pensar na água imediata, obtida com os recursos do sertanejo.

a) Brejos: Escassos no Sertão, porém, frequentes no Agreste, aparecem entre as Caatingas, alguns vales férteis, ricos em pontos d'água, onde se plantam pequenos roçados. São os chamados Brejos, que continuam a fornecer água, nos poços cavados, ainda nas mais rigorosas estiagens. Em tôrno desses "oásis", vive, geralmente uma pequena povoação.

b) Caldeirões: São curiosas cisternas naturais, que conservam água de chuvas passadas por longo tempo.

c) Barreiros: Antes das chuvas, os habitantes da região, preparam uma espécie de bacia, de até cinquenta metros de diâmetro, cujo fundo é pisoteado pelo homem e pelo gado até consolidar o solo, para facilitar a conservação da água armazenada. Para ser ingerida, essa água também necessita de fervura ou de outro tratamento.

d) Condensação da Unidade: Um outro recurso é colher, durante a noite, a pouca água condesada nas fôlhasa, que escorre em filietes pelos troncos das árvores. O processo é lento, e a água, muito pouca.

Para êssa trabalho, lança-se mão do pano de barraca, do poncho, prêso ao trônco, ou de um papel impermeável, aparando a água no caneco do cantil.

e) Umbuzeiro: (umburana): importantissimo para a sobrevivência na Caatinga. Quando falarmos de ALIMENTOS, voltaremos ao Umbuzeiros. Suas raizes apresentam protuberância (cafôfas), como batatas, que acumulam água.

Esta protuberância da raiz (cafôfa) deve ser seccionada na parte de cima. Um aquecimento abaixo da mesma fará porejar água, para uso imediato, na parte seccionada. Outro modo: espremer a batata. Com o recurso anterior, conserva-se a raiz no solo, o que já não ocorre com êste último, embora mais fácil.

f) Gravatá aguado: Encontrado comemente nas regiões mais sêcas, conserva água entre suas folhas.

g) Macambira: semelhante ao gravatá, porém de menor capacida de retenção d'água.

h) Mandacaru: consegue-se água pisoteando e espremendo seus pedaços mais verdes.
Normalmente, apresenta seis faces, como lâminas com espinhos nas extremidades.

i) Xique-Xique e Facheiro: essas plantas se assemélham. O facheiro é o de maior porte, com ramificaçõe mais abundantes. O xique-xique, menor, com espinhos maiores.
Fornecem água mediante o mesmo recursos aplicado ao mandacru.

j) Destilador Solar: UM RECURSO DESCONHECIDO PELO SERTANEJO.
Trata-se de uma imaginação de cientista.
Com êste processo, você poderá "conseguir" água no mais sêco dos solos. Basta que possua uma pequena fôlha de plástico.

DESTILADOR SOLAR





















Com êste processo, você pode conseguir até 1 litro e meio de água, em 24 horas. Procedimento:

1 - Cavar um buraco, semelhante ao espaldão de Mrt, com um metro de diâmetro e 1/2 metro de profundidade.

2 - Cobrir o buraco com uma fôlha de plástico, tendo o cuidado de dar uma forma afunilida (como a figura), prendendo as bordas com terra e pedras.

3 - A água, condensada, escorrerá pela parte interna do plástico, em direção ao bico do funil, onde, préviamente, será colocado um vasilhame.

OBS: pode-se obter maior quantidade d'água, depositando-se pedaços verdes de alguma cactácea (xique-xique, mandacarú, facheiro, palmas).

Esses recursos que vimos, mais as escavações de poços nos leitos dos rios intermitentes, ou temporários, isto é, aqueles que secam na estiagem, são recursos do sertanejo para obter água nas regiões deserticas.

Diz o sertanejo, que "ninguém morrerá de sede se, pacientemente, a copanhar uma cabra ou uma ovelha". É que êsse animais procuram água mais cêdo que o o homem.

Um outro recurso, é seguir o rastro de cobra, que nos pode levar à água... ou à própria cobra.

A presença do largato (tejo) pode ser indicio da proximidade de alguma água. sua toca, normalmente, não se distancia de um ponto favoravel à obtenção do líquido.

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI - 2009

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

1ª CAMINHADA ECOLOGICA DE PICUI

GAIOLA DE ALEX

PASSEIO DE GURGEL EM PICUI

CACHOEIRA DO PEDRO

CASA DE MARIBONDO CABOCLO

CASA DE MARIBONDO CABOCLO

NINHO DE BEM-TI-VI

NINHO DE BEM-TI-VI

UMBUZEIRO

UMBUZEIRO
Planta tipica da nossa região

Bandeira do municipio

Bandeira do municipio

Nossa história - Cidade de Picuí - PB

As primeiras incursões para colonização de Picuí ocorreram entre 1704 e 1706, quando o Presidente da Província da Paraíba era Fernando Barros Vasconcelos. No dia 26 de dezembro de 1704, Dona Isabel da Câmara, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Alferes Pedro de Mendonça Vasconcelos e Antônio Machado requereram, e obtiveram por sesmaria, três léguas de terra (18 km) no riacho chamado PUCUHY. Posteriormente, no inicio do século XIX, outras famílias que vinham dos estados vizinhos requereram e obtiveram sesmarias nesta região, onde implantaram propriedades e algumas fazendas de gado, entre elas estavam Conde D'Ávila, Joaquim José da Costa, Capitão Antônio de Mendonça Machado, Lázaro José Estrela, João Ferreira de Farias, Maximiano José da Costa, Antônio Ferreira de Macedo, Estevão José da Rocha e Vicente Ferreira de Macedo. No local onde hoje encontra-se a igreja matriz, ficava o curral de gado da fazenda de Lázaro José Estrela. Ele havia cavado uma cacimba na confluência dos rios das Várzeas e do Pedro e, nos períodos de estiagem, abastecia os moradores das adjacências. Essa cacimba era bastante freqüentada por uma espécie de pomba, conhecida como Pucuhy, que, em suas águas, saciavam a sede. Por esta razão, o local passou a ser chamado de Pucuhy. Posteriormente o nome foi mudado para Picuhy - uma palavra composta, unindo Pico (da serra Malacacheta) ao hipsilon (Y), forma da confluência dos dois rios. Na nova ortografia, o nome passou a ser escrito Picuí. As explorações daí decorrentes, ao que parece, tiveram como saldo apenas a implantação de algumas fazendas de gado. Entre 1750 e 1760, novas correntes de povoamento se registraram com a aquisição de algumas propriedades, que tinham sido instaladas pelos primitivos. O povoamento inicial da região ocorreu onde hoje se encontra o município de Pedra Lavrada, tendo sido construída a primeira capela em 1760. No ano de 1856, o Nordeste brasileiro foi cenário de uma terrível epidemia de cólera-morbo, que matou milhares de pessoas. Portanto, os moradores da região, assustados com a mortandade e liderados pelo Coronel José Ferreira de Macedo, decidiram recorrer ao Mártir São Sebastião e juntos fizeram uma promessa ao santo. Após constatarem que não havia mais o surto da doença, começaram a construir a capela de São Sebastião, hoje elevada à matriz de São Sebastião, padroeiro da cidade – origem de sua história. Paralelamente à construção da capela, o Coronel construiu a primeira casa do povoado, conhecida como "A Venda Grande". Ele ocupou o cargo de fiscal e, com o seu prestígio, conseguiu trazer para o aglomerado o primeiro mestre-escola, o primeiro costureiro de roupas masculinas e o primeiro mestre de música. Dizem até que foi ele quem sugeriu o acréscimo de Triunfo ao nome de São Sebastião. Por isso, o Coronel José Ferreira de Macedo é considerado o autêntico fundador de Picuí. No dia 3 de setembro de 1857, o Padre Francisco de Holanda Chacon, de Areia, celebrou a primeira missa e, em volta da capela, surgiu o povoado de São Sebastião do Triunfo.Em 1874, através da Lei Provincial nº 597 de 26 de novembro, foi criado o Distrito de Paz da Povoação de São Sebastião do Triunfo. O distrito passou a chamar-se apenas de Triunfo. Mas, em 1888, quando a povoação foi elevada à categoria de vila pela Lei Provincial nº 876 de 27 de novembro, o nome passou a ser Picuhy. O município de Picuí foi criado pelo Decreto nº 323 de 27 de janeiro de 1902, sendo instalado no dia 9 de março, a Lei Estadual nº 212 de 29 de outubro de 1904 mudou a sede do município de Cuité para Picuí. No ano de 1924, em 18 de março, Picuí passou ao posto de cidade através da Lei Estadual nº 599. Ao longo do século XX diversos municípios se desmembraram de Picuí, a exemplo de Cuité/Barra de Santa Rosa (1936), Nova Floresta (1959), Pedra Lavrada (1959), Cubatí (1959) Frei Martinho (1961) e Baraúna (1996).
Fonte: Pesquisa: Município de Picuí - Esboço Histórico de Abílio César; Leis - Por Tayana Macedo